terça-feira, 22 de julho de 2014

Nakase: Ela é a Primeira na NBA



Ainda há diferenças entre ser Ele e Ela. Todos os Verões na Summer League deparamos-nos com caras novas. Concentramos maior atenção nos jogadores, mas em todas as edições da Summer League há caras novas nos bancos. Há novos técnicos. Há técnicos que ainda não são técnicos e que lhes é dado o privilégio de sentar pela primeira vez. Há os treinadores rookies como Jason Kidd na época passada, e Steve Kerr ou Derek Fisher esta época, que têm a sua primeira experiência a liderar jogadores. Há os técnicos de video que conquistam um lugar no banco. Há de tudo um pouco. Este ano havia uma Ela.

Natalie Nakase de Rookie Coach não tem nada. Ela era treinadora adjunta dos Saitama Broncos, equipa masculina que disputa a 1ª Liga Japonesa. E de acordo com os Los Angeles Clippers ela é a actual Assistente Coordenadora de Video, e por isso, é a primeira treinadora adjunta na história da NBA.

Nakase foi parte integrante da equipa técnica de Brendan O'connor nesta Summer League enquanto Doc Rivers, treinador principal dos Clippers, desfrutava das suas merecidas férias.

A nossa protagonista tem no seu currículo basquetebolístico 3 anos a titular na UCLA Bruins (campeonato universitário). E há 2 anos abandonou o seu lugar nos Broncos para abraçar esta oportunidade na NBA.
Natalie Nakase - UCLA Bruins

Treinadores como Erik Spoelstra (Miami Heat), Frank Vogel (Indiana Pacers) e Mike Brown (Ex-Cleveland Cavaliers) também começaram como técnicos de video estagiários. Na primeira época na liga Nakase não recebeu qualquer salário. Na última época, já recebeu qualquer coisa, mas diz-se grata à irmã que a deixou dormir em casa dela sem que cobrar renda. Nakase explica que a experiência de poder editar um video só para explicar a Chris Paul como é possível um base de 1.80m não ser desarmado cada vez que lança, é algo que não tem valor.

Ela tem noção que treinar vai além do desenhar jogadas num quadro e mostrá-las aos jogadores. É preciso saber lidar com diferentes personalidades, é preciso saber agregá-las. Ela tem o apoio de Doc Rivers nesse capitulo e a admiração de Scott Brooks, treinador dos Oklahoma City Thunder. Conheceu-o num Clinic e desde então têm trocado e-mails.

A Mulher tem quase nenhuma expressão no sector técnico da NBA. A primeira pedra foi deixada pela Nancy Liberman-Cline, treinadora na WNBA e da D-League nos Texas Legends, uma equipa filiada com os Dallas Mavericks, liga secundária da NBA, ou seja, basket masculino.

O historial de Natalie Nakase é bastante comum na NBA. Foi assim que alguns dos melhores começaram. Horas e horas de edição de video, até que a oportunidade de sentar no banco surge, na maior parte das vezes através da Summer League. Mas Ela é uma Ela, e nesse caminho é pioneira.

Nesse capitulo não há precedentes. Nakase confessa ter recebido mais reconhecimento durante esta Summer League do que alguma vez. Toda a gente pára, cumprimenta-a e falam um bocado, coisa que nunca acontecia. Agora, será que os Clippers ou alguma outra equipa vão dar-lhe a oportunidade de vir a ser treinadora principal?

segunda-feira, 21 de julho de 2014

Baixar salário? Absolutamente ridiculo


A Free Agency não tem deixado ninguém indiferente com nomes sonantes a trocarem de equipas. Tomemos como exemplo o maior nome de todos, LeBron James, que deixou Miami por Cleveland. Pois bem, na penumbra desse nomes, e mesmo antes de LeBron ter assinado pelos Cavs, outro jogador com muito menos peso na NBA tinha deixado a equipa da sua terra natal.

O atirador Channing Frye deixou os seus Phoenix Suns para trás e abraçou uns belos 32 Milhões (dólares) por 4 anos ao serviço dos Orlando Magic. A oferta dos Magic é razoável para um atirador, de 2.11m, que obriga os postes adversários a terem que vir cá para fora defende-lo, logo liberta mais espaço para as penetrações dos bases e extremos. Era isso que os Magic queriam. E agora têm.

Para trás ficou a terra natal. Cresceu em Phoenix, estudou na Universidade do Arizona, em 2005 entra para a NBA (Knicks), mas só em 2009 torna o sonho realidade e é contratado pelos Phoenix Suns. 

No Verão de 2012 foi detectada uma anomalia no coração de Channing Frye quando fazia os exames protocolares de inicio de época. Foi obrigado a parar e a sua carreira chegou a estar em risco. Devido à sua paixão pelo jogo aceitou o convite de comentador local dos Phoenix Suns durante o interregno. Mais tarde havia de regressar ao campo, tornando-se um jogador mais influente do que anteriormente. 

Tudo isto torna Channing Frye intimamente ligado aos Phoenix Suns mas quando os Orlando Magic abanaram com um cheque de 32 Milhões, a cabeça decidiu, não o coração.

"A pergunta que eu faço sempre é "aceitavas um desconto pela tua equipa (da cidade natal)?", questionou Frye. "As pessoas que respondem sim são absolutamente ridículas. Vamos dizer que o mercado avalia-te em 10 Milhões e tu aceitas os 5 da casa. No dia seguinte és trocado, e aí pensas "Porra, porquê que não aceitei os 10?".

Frye continua, "Pensem nisso, a nossa carreira é bastante curta. Por que não ir para um outro lugar onde te vão dar valor e podes fazer parte do futuro da equipa? As pessoas dizem-me "Aceita a redução de salário (dos Suns)", Porquê? Eu tenho 31 anos. Porquê que eu faria uma coisa dessas? Eu não estou a pedir 15 Milhões por ano. Eu não sou doido. O mercado é que dita as regras e eu aceitei o melhor negócio."

A verdade é que os Suns não fizeram nenhuma contraproposta, e viu-se obrigado a deixar uns Suns claramente em crescendo para rumar à Florida, nuns Magic em fase de reconstrução. E aquando da pergunta se estava magoado pelos Suns não terem feito uma contraproposta, respondeu:

"Estou. Um bocado. Mas sabem que mais? Eu não tenho que concordar com tudo que eles fazem (Direcção dos Suns), e eu também não sei de tudo que se passa nos bastidores. Eu adoro o pessoal com quem joguei. Eu adoro o Jeff (Hornacek, treinador) e adoro a equipa técnica."

A decisão de Channing Frye é mais do que aceitável. Ele que ganhou 35 Milhões no decurso dos últimos 9 anos, vai agora receber quase o mesmo (32) por 4.

Estamos numa era em que os General Managers olham para estes jogadores "secundários" como bens, como possíveis trocas, como activos, não vejo qual o mal dos jogadores, sejam eles LeBron James ou um Channing Frye, rumarem à cidade natal, ou o inverso, porque lhes é financeiramente mais apelativo. 

segunda-feira, 14 de julho de 2014

GM dos Houston Rockets é a piada



Está fácil de ver quem foi a equipa vencedora desta Free Agency: os Cleveland Cavaliers, embora possam haver opiniões dissonantes, temos que estar de acordo em relação à pior: os Houston Rockets, e o "grande" General Manager, Daryl Morey.

Morey, é o GM dos Rockets há 7 anos. E para os mais desatentos, Morey, é uma espécie de Money Ball Guy mas da NBA. Acredita nas métricas e em estatísticas, e deixa o coração e os instintos de lado. São essas crenças que têm feito dele uma das piadas da liga.

Vejamos esta época: Trocou Omer Asik, por nada! (Eu sei que se foi por nada, não é realmente uma troca, mas é a linguagem da NBA), trocou novamente Jeremy Lin e uma 1st round pick ... por nada, deixou que o Chandler Parsons assinasse com os Mavs, antevendo que ou LeBron James ou Carmelo Anthony ou Chris Bosh fossem assinar pelos Rockets.

Libertou espaço e no fundo, LeBron regressou a casa e assinou pelos Cavs, Carmelo preferiu também ele ficar por casa e reassinar pelos Knicks, e Bosh reassinou pelos Miami Heat.

Posso vos pôr isto de outra maneira: LeBron nem quis ter a reunião com os Rockets, Carmelo nunca incluiu os Rockets no seu Top 3 de hipóteses (Knicks, Bulls e Lakers), e Bosh ... enfim, ficou pelos Heat.


Depois disto Morey, numa política de mal menor, podia ter igualado a proposta de 46Milhões que os Dallas Mavericks haviam feito pelo Chandler Parsons, e este voltaria a ser Rocket. Em vez disso, optou por assinar com um Trevor Ariza de 30 anos. São opções, mas as métricas falham, e as personalidades ainda contam muito.

Voltemos então mais atrás na história. Lembram-se quando os Rockets assinaram com Jeremy Lin em 2012? Em cima da mesa na altura estava Kyle Lowry ou Goran Dragic. Sim, sim, foi ele que preferiu Lin.

Tem sido duro ser fã dos Houston Rockets (Não tanto como dos Wizards, Lakers na época passada, ou dos Bobcats, agr Hornets, se é que têm fãs).

Morey tem mérito nas contratações da super estrela Dwight Howard e por ter sacado James Harden aos Oklahoma. Indubitavelmente. Mas a ideia que paira na liga é a de que, com tantas super estrelas na NBA, Morey conseguiu resgatar aquela com que ninguém quer jogar: o Dwight. As métricas, e as estatísticas contam, mas personalidades, feitios e amuos têm o seu nível de relevância.

Na temporada passada os Rockets destacaram-se como uma das equipas de topo com maior eficácia atacante, com bom ratio de pontos sofridos/marcados, e um 12º lugar (em 30) em eficácia defensiva. Mas parece que nunca houve quem acreditasse muito neles. Existiram sempre aquelas variantes não-palpáveis como: "Este Kevin McHale não é treinador", ou "Dwight e Harden juntos não funcionam", ou "eles não têm um verdadeiro base", ou ainda "com esta defesa não se safam nos Playoff". E não se safaram. Safaram-se os Blazers.

Numa liga como a que presenciamos nos dias que correm em que as estrelas trocam de camisola a cada 2 ou 3 anos, com reajustes a cada 6 meses, Morey ainda pode vir a ser quem ri por último, mas por enquanto, ele é a piada. 

sábado, 12 de julho de 2014

LeBron James decidiu, e agora?



Depois do terramoto que a notícia do regresso a Cleveland de LeBron causou, vem a serenidade. A poeira assenta e passa a ser possível analisar com mais discernimento no que a NBA se vai tornar na próxima(s) temporada.

Os Cavs conseguiram trazer o melhor jogador do planeta para casa e agora os 4 anos em que LeBron esteve fora afinal não parecem assim tão maus. Em 3 dos 4 anos os Cavs conseguiram ficar com a pick n1 do Draft e sacaram Kyrie, Bennett e Wiggins.

O mal amado LeBron James parece ter para sempre o rótulo de traidor, fazendo-se crer que é único jogador que trocou de equipa em busca de títulos, sendo no fundo ele, um entre muitos que fizeram o mesmo.

Charles Barkley fez o mesmo quando se juntou a Olajuwon e Drexler em Houston. Pippen fez o mesmo quando se junta aos mesmos Rockets. Karl Malone e Gary Payton fizeram o mesmo quando se juntaram a Kobe e Shaq nos Lakers. Oscar Roberston (MVP em '64) só ganha o título de campeão quando se junta a Kareem Abdul Jabar nos Milwaukee. etc

Depois vieram as Finais contra Dallas, já ao serviço dos Miami Heat, e LeBron passou a ser o LeChoke. Aquele que não decide no "crunch time", o incapaz de "impor a sua vontade", o King without a ring". E a fama de que nos holofotes do Playoff ele desaparecia ganhou contornos ridículos.

A liga esqueceu-se dos 25 pontos consecutivos contra os Pistons; Esqueceram-se que nos Playoff 2009 teve média de 35.3 pts, 9 ress, 7ass em 14 jogos; Esqueceram-se das médias de 38-8-8 contra Orlando em 2008;

A NBA já não conseguia falar sobre LeBron com discernimento.

De uma forma mais madura, o oposto da decisão em 2011, LeBron decidiu qual seria o seu novo clube, numa carta aberta publicada na Sports Ilustrated. Refere a família, a proximidade à sua fundação e aos amigos como pontos fundamentais da sua decisão. Refere também que nunca lhe passou pela cabeça trocar os Miami Heat por outra equipa que não os Cavs.

Do dia para a noite os Cavs passaram a ser a equipa preferida a ganhar o campeonato.

Após a decisão 2.0, as restantes equipas da NBA seguem caminho, as pedras do dominó começaram a cair. Chris Bosh, ao contrário do que a imprensa americana afiançava, não assinou pelos Rockets. Disse não aos 80M por 4 épocas dos Rockets, e disse sim aos 120M dos Heat por 5 épocas. Ele sim, vai ser a cara dos novos Heat.

Os Heat devem reassinar com Wade, embora este tenha sido sondado pelos Bulls segundo jornais locais de Chicago. E dependendo dos números dos contractos de Wade e Haslem, os Heat ainda podem ir buscar alguém com uma margem de negócio a rondar os 14M. Não dá para um Carmelo Anthony, mas pode dar para um Trevor Ariza, um Luol Deng ou até mesmo um Lance Stephenson! Podem ainda ir atrás de um Center puro, sem LeBron faz mais sentido ter um guarda redes agora.

A nega de Bosh a Houston é péssima para a equipa. Eles que já tinham libertado espaço com a troca de Jeremy Lin e uma pick de primeira ronda para os LA Lakers. E antes disso já tinham enviado Omer Asik para New Orleans. Bosh, teria encaixado na perfeição com Dwight Howard e Harden. Mas Bosh adora o estilo de vida em Miami, e tal como todos nós, é capaz de ter visto um video ou dois da defesa de Harden.

Nas próximas horas (dia e meio) as trocas e contractos terão que ser finalizados e por isso as peças começaram por encaixar. Carmelo, Bulls ou Knicks? Os Lakers ficam com esta equipa de nível D-League ou vão buscar mais alguém depois da recusa de Pau Gasol em reassinar?

Os próprios Cavs ainda vão reajustar o roster e LeBron pode ter peso nas próximas vindas. Fala-se do Mike Miller e/ou Ray Allen. 

sexta-feira, 11 de julho de 2014

LeBron James por fio - Heat ou Cavs



O mundo da NBA está em alvoroço e o culpado é o do costume: LeBron James. O King é Free Agent há 11 dias, e ainda não deu sinais de onde possa vir a jogar na próxima época. As opções mais prováveis são a renovação com os Miami Heat ou o regresso aos Cleveland Cavaliers.

Rich Paul, agente de LeBron James, reuniu-se com mais equipas além dos Heat e Cavs. Phoenix Suns, Dallas Mavericks, Houston Rockets e Los Angeles Lakers todos tiverem o seu tempo de antena com o representante do King.

É sabido que LeBron passou a ser pessoa non-grata em Cleveland quando os deixou na mão em 2011 ao não ter renovado. Como sempre o tempo ajuda a serenar os ânimos, e o facto de existir esta remota hipótese de o King poder voltar ao trono do berço, fez com que passasse de besta a bestial mais uma vez.

Os Cavs não querem dúvidas desta vez e já andam a limpar a casa para que LeBron saiba que as condições estão montadas para que possa lutar por um título em Cleveland. A superestrela Kyrie Irving está mais do que estável após ter renovado contracto; Anderson Varejão, que tem uma relação próxima com LeBron, está decidido que não sairá. A opção número 1 do Draft, Andrew Wiggins, tem um futuro promissor; E por fim, caso LeBron assine, os Cavs vão tentar resgatar Kevin Love, também ele Free Agent.

Por outro lado LeBron sabe que em Miami jogou 4 anos, em todos chegou às Finais, e por duas vezes sagrou-se campeão. Não é por morrer uma andorinha que acaba a primavera. Não é por terem perdido nas Finais da época passada que é necessário desmantelar a equipa, e seguir cada um o seu caminho. Por cada um entenda-se LeBron, Bosh e Wade.

Contudo, há muita gente dependente da decisão de LeBron. Jogadores, dirigentes, etc. Por exemplo Chris Bosh, colega de equipa de James em Miami, tem neste momento uma oferta em cima da mesa por parte dos Houston Rockets. Mas o mesmo já fez saber que prefere jogar com LeBron, mesmo que isso implique receber menos dinheiro. Não menos dinheiro do que na temporada passada ao serviço dos Miami, mas menos dinheiro que os Rockets lhe possam oferecer.

Seria interessante ver Bosh, Dwight Howard e Harden na mesma equipa.

Outro jogador dependente desta tapalhada toda é Chandler Parsons. Parsons não conhece outra cor na NBA se não a dos Rockets. É Rocket desde 2011 mas no final desta época ficou Free Agent. Os Dallas Mavericks, sabendo do impasse dos Rockets, ofereceram a Parson um contracto de 46M.

Caso os Rockets igualem a proposta dos Mavs, Parsons regressa a Houston, mas como os Rockets estão à espera da decisão de Bosh, que por sua vez está à espera da decisão de James, nada pode ser oferecido a Parsons até que haja decisões!!

Cada uma das equipas envolvidas na decisão de LeBron, seja directa ou indirectamente, tem o futuro indefinido.

LeBron já confirmou que vai estar presente na Final do Campeonato do Mundo no Brasil para assistir ao Argentina x Alemanha. Há o rumor na NBA de que LeBron vai divulgar qual a equipa onde vai jogar nas próximas épocas antes de seguir viagem para a Final.

Resta-nos aguardar. A decisão pode estar por horas. 

domingo, 6 de julho de 2014

76ers: Há dois anos a recrutar lesionados



Uma das histórias mais intrigantes do Draft '14 tem que ser sem dúvida a dos Philadelphia 76ers. Eles que tiveram direito a duas escolhas na primeira ronda do Draft e optaram por 2 jogadores que estão impossibilitados de pisar o campo na próxima época. 

Um lesionado, outro trancado na Turquia a um contracto previamente assinado ao Draft. São eles Joel Embiid e Dario Saric, 3ª e 12ª escolha do Draft respectivamente. 

É sabido, e foi descarado, o trabalho de Sam Hinkie, General Manager dos Sixers, em fazer tanking na temporada passada. Este ano espera-se o retanking, pensam os adeptos dos Sixers. 

A época 2013 ficou na história dos Sixers e da NBA. As 29 derrotas seguidas são o pior registo de sempre. Nunca uma equipa perdeu tantas vezes consecutivamente, não obstante, tiveram o Rookie do Ano nas suas fileiras em Michael Carter Williams. 

Voltemos a Sam Hinkie. O GM chegou aos 76ers em 2013 proveniente dos Rockets, e com um plano: limpar a casa para ir às compras nos Draft. No de 2013 enviou o então base All-Star Jrue Holiday para New Orleans em troca da 5ªposição do Draft que viria a ser Nerlens Noel. No mesmo Draft recrutou Michael Carter Williams. 

No decurso da época 2013/14 Hinkie reitera a sua politica e vê-se livre de Spencer Hawes, Evan Turner e Lavoy Allen em retorno obteve CINCO posições de Draft para a segunda ronda. 

Sam Hinkie . Sixers GM
Joel Embiid confirmou a lesão (pé fracturado) a duas semanas do Draft. Enquanto toda gente passou a relegar Embiid, Hinkie viu uma oportunidade de ficar com ele. "Eu cheirei a oportunidade" disse o GM. "Mal ele se aleijou, nós pensamos "agora sim, vamos conseguir ficar com ele."

O poste de descendência camaronesa conseguiu reunir consenso em na NBA em relação à sua qualidade e potencial em apenas uma época ao serviço da Universidade de Kansas. No entanto problemas nas costas deixavam alguns GM's receosos. 

Após a lesão no pé esperar-se-ia que as equipas se retirassem em debandada, mas à semelhança do que aconteceu na época passada quando seleccionaram o também lesionado Noel, os Sixers abraçaram Embiid. 

"Eu acho que os dois (Noel e Embiid) podem co-existir" afirmou o treinador dos Sixers, Brett Brown, também ele aposta de Sam Hinkie. "Eu acho que consigo arranjar uma solução para pôr esses dois juntos. É um bom problema para ter."

Há umas épocas, por motivos bem diferentes, também os San Antonio Spurs recrutaram um tal de David Robinson, embora este não pudesse jogar nas duas primeiras épocas por estar a representar o país além fronteiras ao serviço da marinha americana. Mais tarde regressaria, em 1995 foi MVP da NBA. 



Para já os adeptos dos Sixers podem-se contentar com Noel. Está recuperado da lesão. Bem que precisam de ajuda. Acabaram a época passada com o segundo pior registo da liga 19-63, e a pior defesa, sofrendo uma média de 109.9 pontos por jogo. 

Na jogo de estreia, de ontem, Noel marcou 19 pontos, 4 roubos, 2 ress, 3 ass, 7-7 de lance livre. 

sexta-feira, 4 de julho de 2014

Free Agency - Pagas tu ou saio eu?



Muito se passou desde a nossa última publicação no #passaecorta. Os Spurs foram campeões após cilindrarem uns Heat apáticos. Ganhou a melhor equipa, e agora baterias apontadas à próxima época. Fica um Draft no retrovisor (o melhor dos últimos 20 anos? tempo dirá) e a Free Agency à nossa frente.

Esta #Free Agency tem as condicionantes todas para ser interessante. Os crónicos Lakers e Celtics em remodelação, reconstrução, e mais coisas que tais. LeBron, Wade, Bosh, Love, Carmelo, entre outros, à solta como jogadores livres à procura da melhor solução, financeira e desportiva. 

Cada caso é um caso no que toca a jogadores, cada equipa tem as suas aspirações e limitações. 

Comecemos pelo inevitável LeBron James. Através de um comunicado do agente, LeBron mostrou-se disponível para a Free Agency, quase 2 semanas antes do inicio da Free Agency - 1 de Julho. A opinião geral é a de que com essa posição, James quis mostrar aos Miami Heat, directamente ao Pat Riley, presidente, que ele quer estar rodeado de uma melhor equipa, e quer, no mínimo, sentir que os Miami estão a lutar por isso. Terem selecionado o Nappier no Draft foi o primeiro passo. 

É notícia hoje que o agente de LeBron James vai-se reunir com os Cleveland Cavaliers. Equipa que o recrutou para a liga em 2003, de onde ele é natural, e também a equipa que ele deixou ficar na mão ao não renovar contracto em 2010.

A reunião pode ficar eternamente por isso mesmo: uma reunião. Mas LeBron está disposto a ouvir o que as outras equipas têm para oferecer. Wade e Bosh, companheiros de LeBron nos Heat, sentem-se por isso, no mesmo direito, e podem também eles, começar a ouvir propostas de outras equipas (se já não estão.) Caso aconteça (ou esteja a acontecer), há uma avalanche em acção e o caso fico escuro para os Heat.

O Carmelo Anthony é um Wild Card. Foi o melhor marcador da época passada, joga pelos New York Knicks, ou seja, num big market, na sua cidade de eleição, onde fez a faculdade. É o rosto dos Knicks. Mas é o rosto de uns Knicks que nem aos Playoff chegaram na época passada.  

É inegável o valor ofensivo de Carmelo, porém o defensivo pode ser questionado. Em 9 épocas na NBA esta é a primeira em que a equipa onde joga não se qualifica para o Playoff. Será Carmelo um George Gervin? (9épocas na NBA ao serviço dos Spurs, 3 vezes melhor marcador da NBA, zero presenças em Finais).

Carmelo é um jogador livre este Verão, mas parece ainda ter um pé e a cabeça nos Knicks. Os Lakers ofereceram-lhe 96 Milhões (dólares) por 4 anos, os Knicks responderam no dia seguinte com o máximo que podiam oferecer: 125 Milhões por 5 épocas. 

O Presidente dos Knicks é Phil Jakcson, treinador que levou Michael Jordan a ganhar 6 campeonatos, e os Lakers de Kobe mais 5. Phil Jackson tem peso na decisão de Melo. Peso positivo. Contudo o novato Derek Fisher como treinador, pode contrabalançar a decisão. Estará Melo disposto a uma primeira época de testes? Ninguém sabe o real valor de Fisher como treinador. 

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